sexta-feira, 19 de junho de 2009

Responsabilidade e Irresponsabilidade

Em um período de grandes perdas e/ou reestruturações em empresas, vemos muitas alterações em diretoria e presidência de grandes companhias. Basta comprar uma revista, tal como como a Exame (não lembro a editora), para constatar. Reportagens como: Empresa tal contratou trocou de presidente, que alterou toda estrutura administrativa em tanto tempo, mandou tantas pessoas embora, contratou tantas pessoas etc e etc.

Gente, é impressão minha ou quando um novo diretor ou presidente, muitas vezes, vindo de outra empresa, simplesmente ignora a realidade existente em uma empresa e já vai direto para imposição de seu "estilo" de trabalho. Geralmente, o grande argumento técnico desses caras vem seguido de um grande ego e os resultados obtidos em outras empresas seguindo a mesma estratégia. O que geralmente não é percebido ou considerado é o quanto isso afeta na cultura da empresa ou satisfação ou insatisfação de quem faz parte do processo.

Será que vale a pena perder muito dinheiro e/ou rendimento do trabalho para mudanças radicais na estrutura da empresa?


Outra coisa que me deixa com um pé atrás em relação as informações técnicas analisadas ou informadas pelos gestores. Por exemplo, ano passado na mesma revista, Exame, li uma reportagem em que o Presidente de uma operadora de telefonia celular creditava o mal desempenho no semestre à grande adesão de clientes de classe C e D em planos pré-pagos com uma promoção que dava muitos minutos. No mês seguinte, o presidente de outra companhia, também de telefonia celular, creditou o bom desempenho no semestre ( e primeiro semestre de recuperação, após quase dois anos de prejuízo) ao mesmo público que teve grande adesão em planos pré-pagos e que também dava muitos minutos.

Gente, ou um deles não sabe o que está falando, ou o problema de prejuízo ou melhora desempenho, definitivamente, não tem nada haver com adesão à planos pré-pago. Pelo amor de deus!


O mais legal mesmo foi uma reportagem, também do ano passado, para mostrar como a Vale ou seu presidente tem um exemplo de boa gestão. Já de cara tinha dados muito interessantes, como um aumento invejável de faturamento em um intervalo de X anos (isso o faturamento em reais). Mas se olharmos os anos mencionados lá, foram anos em que a commodity que a vale negocia também subiu muito. É óbvio que seu faturamento deve crescer quando o valor do seu produto também cresce no mercado internacional. Se tirar a valorização do minerio no mesmo período dava para ver que o crescimento real não foi tão grande.

Fico pensando: as empresas fornecem esses dados para fazer marketing? ou quem pública informações desse tipo não entende muito do que está fazendo ou falando?

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